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A virada do século viu surgir uma nova arte, que foi buscar lições no oriente, afastando-se, de certa forma, das tradições ocidentais, com as gravuras japonesas desprovidas de detalhes e de modelações, alcançando em audaciosa simplificação um resultado impressionante. Na arquitetura, houve o encontro de novas formas, quando a utilização das estruturas metálicas tornou possível alcançar extraordinária leveza plástica e uma até então inconcebível liberdade de formas. Por muito tempo, alguns arquitetos ainda pregaram ornatos nas peças limpas de ferro; depois isso se tornou algo tão fútil como simples enfeites". Expande-se, tornando-se um movimento de caráter universal, assumindo conotações vernaculares na França ( Art - Nouveau ), na Alemanha ( Jungdstil ), na Áustria ( Secessão ), na Espanha ( Movimento Juvenil ), na Itália ( Estilo Floreale ).

 Ao começar o século XX, as primeiras décadas assistiram a evoluções nas artes plásticas cuja profundidade o mundo jamais havia experimentado.

 Apesar de todas as rupturas acontecidas anteriormente, toda a preocupação dos artistas do passado era interpretar a realidade e representá-la da melhor maneira possível. Até mesmo os bizantinos, com toda a simplificação e simbologia dos ícones, haviam intencionado obter a sua representação de modo compreensível.

 A arte representativa denominou-se mimética ( do grego mimesis, "imitação"), enquanto as manifestações artísticas não-representativas, surgidas no século XX, enquadraram-se dentro do nome genérico de movimento de vanguarda. E no bojo dessa última, surgiram transformações que se refletiram na pintura e na escultura, não somente pela escolha dos temas, até então, de preferência históricos, bíblicos ou mitológicos, como no tratamento, nas cores, nas proporções. A temática agora era livre, desde que agradasse ao artista que também livremente empregava cores inesperadas, fazia experimentos científicos com as tintas e podia exagerar o quanto quisesse nas suas criações. Voluntariamente, ora eles distorciam as formas, ora as cores. Enquanto o cubismo, por exemplo, concentrava suas pesquisas na forma ignorando a cor, o Fauvismo, que surgiu quase ao mesmo tempo, utilizava as cores puras sem misturá-las ou medelá-las.

 Os painéis de manifestações artística, apresentado a seguir, enfocam os elementos contrastantes com a obra "mimética" de tantos artistas como Murillo la Greca, que se expressaram durante séculos de estilos diversos e com conotações pessoais mas dentro sempre de uma linguagem comum de representar o observado tal qual se vê.

 O primeiro movimento de vanguarda que mudou a face da arte européia, entre a virada do século XX e a Primeira Guerra Mundial, foi o Fauvismo, baseado no uso intenso de cores brilhante, puras, sem matizes. O nome "Fauves" ( feras, selvagens), em francês, foi bem aplicado àqueles artistas pela forma desinibida com que usaram as cores, liberando-as de seu papel descritivo. Em suas obras, as figuras são apenas sugeridas, não representadas como existem na natureza. O Fauvismo atingiu o seu apogeu em 1905, sob influência de Van Gogh e Paul Gauguin, quando seus artistas abandonaram a habilidade superficial de uma arte muito refinada, passando a ser diretos e francos em sua expressão, com o uso de cores intensas e de audaciosas harmonias.

 Suas composições frenéticas e suas cores vivas, às vezes saídas diretamente dos tubos de tinta, exaltavam o instinto ao invés da razão. O grupo dos Fauves, era composto por Henri Matisse, Maurice Vlamink e Andrè Derain.

 Henry Matisse - Nu

 Características do Fauvismo:

• Uso predominante da cor única por objeto

• Pintura com contornos definidos

• Cores arbitrárias

• Simplificação das figuras

• Os objetos representados são menos importante do que a forma de representá-los

• Cores puras e sem misturas