Mas ainda faltam mais de 10 mil itens levados do Museu Nacional Iraquiano durante a tomada de Bagdá pelas forças americanas.

 

Washington - Após cinco meses de trabalhos, investigadores conseguiram recuperar quase 3,4 mil antigüidades saqueadas do Museu Nacional Iraquiano, de Bagdá. A notícia é que outras 10 mil ainda estão faltando. Mas para a equipe de 13 investigadores das forças americanas, a catalogação do acervo provou infundados os temores de que o prejuízo passasse de 170 mil itens. Os trabalhos de resgate continuam.

 

Do total de peças recuperadas, 1,7 mil são resultado da anistia concedida a quem tomasse a iniciativa de devolvê-las. Outras 900 foram apreendidas em batidas e nas fronteiras e aeroportos do País. Mais de 750 itens foram encontrados em outros países, que o Departamento de Defesa preferiu não citar.

 

O precioso acervo da Museu Nacional Iraquiano foi pilhado e barbarizado durante a tomada americana da cidade. Os saqueadores invadiram câmaras mortuárias, queimaram registros e levaram tesouros de mais de 5 mil anos. Washington foi repetidamente acusada de não se esforçar para proteger o museu.

 

Entre as jóias guardadas por Bagdá, estavam uma lira da cidade suméria de Ur, de 2400 a. C., uma cabeça de mulher de mármore suméria, de Warka, de 3000 a.C., uma estátua do rei Entemena, de 2430 a.C., e a cabeça de uma estátua de mármore de Apolo, cópia romana de um original grego do século 4 a. C.

 

AE-AP